Hoje,

Excepcionalmente o MAR promove uma edição especial do Rua das Artes Encontro de Circo! Convidamos você a comparecer. Se permita a quebrar por um momento a rotina e vamos pra praça brincar!

Depois de tempos com a maré vazia, o MAR de Palhaços retorna a encher.

Sentindo a maré vazia, logo uma necessidade de mais companheiros envolvidos com nossa querida arte circense, resolvemos investir em formação. Assim, a Cia Pé na Terra, um dos grupos integrantes do MAR de Palhaços, mantendo a resistência e agindo dentro dos princípios do MAR, conseguiu aprovar o Projeto PéDe Circo no Parque, no edital Arte em Toda Parte ano II , da Fundação Gregório de Matos.

O Pé de Circo no Parque foi um projeto de formação e mediação cultural implantado de janeiro a abril, nos territórios dos parques de Pituaçu, Abaeté, da Cidade e São Bartolomeu envolvendo moradores dos bairros do entorno em um curso de palhaço cujos professores foram Cia Pé na Terra, Alenk Nobre, Demian, Reis, João Lima e Nariz de Cogumelo. O projeto também envolveu Cortejos (Picadeiros Andantes) e espetáculos nos espaços públicos dos parques com esses mesmos professores.

No final uma mesa redonda discutiu a formação de uma rede de palhaços em ocupação do espaço público com formação de pontos de trabalho para o artista, sabendo que a prática de espetáculos constante num espaço forma e fortalece a cultura da arte de rua.

Tiramos como proposta o rodízio de praçaso de  e parques com espetáculos de palhaçaria um domingo a cada mês dentro de uma programação em conjunto.

Então resolvemos retomar nosso querido MAR de Palhaços!!!

Estamos hoje então convidando a todos para esse encontro inicial , para um Rua das Artes Encontro de Circo relâmpago e surpresa. Vamos nos divertir e falar sério sem perder o bom humor!!!

HOJE, 7 de maio, 17h, no Campo Grande.

ÚLTIMO RUA DAS ARTES DO ANO!!!

Último Rua das Artes Encontro de Circo do ano. Ares de retrospectiva. Avaliar o que tem sido a ação do MAR de Palhaços. Será que estamos cumprindo o que realmente nos propomos a ser? Longe de estarmos vivenciando o ideal, estamos dentro de uma realidade e buscando cada vez mais criar nossa própria realidade. 

Formamos artistas? Nos auto-formamos? evoluimos o bastante? Esse Rua das ARtes será a avaliação.

Nesse ano vamos encerrar no Parque de Pituaçu, com alguns apoios culturais, Escologia, Pastel do Poeta, Cia Pé na Terra, Itinerante Imaginário. Isso é uma vitória. Criação de redes de cultura em prol de um desenvolvimento local. A articulação local nos faz fortalecer nosso intento. Saimos do centro , mas estamos indo ao encontro de nosso próprio centro. A periferia deve invadir o centro assim como faz o matagal que invade a praça ou o tsunami que invade o continente. 

O MAR é imenso e ainda não conhecemos todo seu potencial. É arte, é cultura, é circo, é educação social, é desenvolvimento local...

Rua das Artes é espaço de formação e de re-formatação. Temos um novo coletivo organizador, sangue novo, espírito novo. Ano que vem promete!!!Vamos pagar pra ver? Se for, não esqueça: bote de chapéu!!!

Rua das Artes Encontro de Circo - Pituaçu

CURSO DE FORMAÇÃO de um MAR DE Palhaços

“pela janela eu posso ver/mais uma construção/outro edifício/nova habitação/e a montanha lá atrás/com toda a sabedoria/fico olhando/analisando/esta velha civilização/onde o homem amassado /comprimido/amontoado/vive junto/e não se fala/come junto/e não se olha/finge sempre/dissimula/e não se apresenta/e a montanha vai pensando/lá atrás.../já é tempo, já é hora/dessa gente acordar

...”

se quiser escutar a música enquanto lê clique aqui  http://www.youtube.com/watch?v=hqWRdr9fk2s

Nos dias de hoje, nessa velha civilização:

onde o individualismo exacerbado nos toma a capacidade de gozarmos de uma vida social plena cheia de irmandade, amor e solidariedade;

Onde é comum nas escolas dizerem que o importante é competir;

Onde há uma cultura do vencedor disseminada para pessoas forçadas a serem escravas assalariadas de um sistema...

Surge um movimento de palhaços formado por grupos e indivíduos que buscam encarar a si mesmos buscando a personalidade feliz dentro de si roubadas pela nossa escolarização embrutecedora de corações.

O palhaço é aquele que ao invés de investir seu tempo e energia no ciclo das relações de poder (vencedor-perdedor), investe em sua própria potência e capacidade de viver o presente. 

Investe em sua própria felicidade e segue por aí esbanjando seu dom de ser ridículo porque afinal a sua diferença é que ele sabe que todos são ridículos e os outros não...

Nós do MAR de Palhaços descobrimos que somos muito poucos para uma missão tão grande, então empenhados em criar nossa própria realidade ofereceremos um curso de formação de palhaços para iniciantes em uma pesquisa nesta tão nobre arte.

Trabalharemos a busca desse nosso ser que foca na felicidade, que está escondida dentro de cada um de nós. 

Buscaremos nossa infância roubada pela escolarizaçao espartana, buscaremos o estado de consciência onde estamos no presente, buscaremos nossa potência energética expansiva escondida em cada celula de nosso corpo e não utilizada.

Através do compartilhamento de experiências de Igor Sant’Anna Caxambó (Cia Pé na Terra), e El Espectro Alvaro Henriquez (o Palhaço Heleno do Itinerante Imaginário) serão aplicados alguns exercícios físicos, jogos e brincadeiras, entradas cênicas, saídas na rua, estudos de vídeos, afim de exercitar esse estado e extrair o nascimento de um palhaço pessoal que há dentro de cada um de nós.

SÁBADOS E DOMINGOS DE NOVEMBRO até 1° de  DEZEMBRO, das 9h às 16h, com intervalo de 1h.
Serão 60 horas de pura bobagem, de pura alegria, de puro prazer de estar presente, de puro exercício da verdadeira generosidade, aquela em que distribuimos o que somos e não o que temos.

Para 60 horas serão apenas R$ 400,00, no Biocentrum, Studio Sitorne, Rio Vermelho. O preço já é promocional. Não vacile!!!aproveite a oportunidade.

Maiores informações sobre inscrições e forma de pagamento mande e-mail para mardepalhacos@gmail.com ou ligue para o TIM(71) 91429236 ou o OI (71)8832 8805.

Carta aberta ao Governador, ao Secretário da Fazenda, ao Secretário de Cultura e ao Conselho de Cultura do Estado da Bahia

“Fundo é mecanismo criado por lei, sem personalidade jurídica, para gestão individualizada de recursos vinculados, visando ao alcance de objetivos específicos”

Com o anúncio das medidas de contenção de despesas pelo Governo do Estado da Bahia através dos decretos nº 14.682, de 31 de julho de 2013 e nº 14.710, de 14 de agosto de 2013, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia sofreu grande impacto, resultando no cancelamento ou adiamento de editais e atividades da FUNCEB - Fundação Cultural do Estado da Bahia. Ainda que amparadas pela lei, tais retaliações para uma pasta já fragilizada pelo seu baixíssimo orçamento, inferior ao mínimo indicado pela UNESCO, merece nosso repúdio incondicional. Tirar de quem já não tem quase nada nos parece irresponsável e pouco sensível.

Como se não bastasse tais implicações, também os Editais via FCBA, Fundo de Cultura do Estado da Bahia tiveram seu lançamento, previsto para o dia 20 de agosto, adiado. Outra frustração, pois o FCBA é, hoje, a maior fonte de recursos dedicada aos projetos da sociedade – ainda que, como sabemos, sejam insuficientes. Neste quesito, solicitamos que os recursos necessários para estes editais sejam garantidos no orçamento de 2014, no mínimo, no mesmo formato em que foram anunciados: com recursos da ordem de R$30,6 milhões distribuídos por 21 editais.

Ainda sobre o FCBA, notamos ao longo dos últimos anos que é recorrente a imprevisibilidade e o não planejamento, por parte da SEFAZ e SECULT, de repasse de recursos à conta específica do FCBA, para que sua unidade gestora, a SECULT, em especial a SUPROCULT, possa gerir bem - o que é seu dever – estes recursos. Saem prejudicados nisto tudo sobretudo a própria sociedade (que é o fim do sistema/cadeia produtiva das artes), além dos produtores

culturais, técnicos e artistas (meio deste mesmo sistema) que vêm seus cronogramas de trabalho sendo continuadamente reformulados, gerando insegurança, falta de perspectivas e mesmo a

impossibilidade de realizá-los.

Recentemente se teve notícia de que as empresas Oi e Coelba repassaram “51,73 milhões ao FCBA, sendo 38,8 milhões exclusivamente para os Editais do Fundo de Cultura da Bahia (os 25% restantes vão para o fundo de repasse dos municípios)”. Este valor, segundo as informações oficiais, seriam alocados exclusivamente para o pagamento de convênios resultantes dos editais de 2012/2013 que ainda não foram completamente quitados. 

O que temos acompanhado é um lento repasse de recursos e uma falta de planejamento para que ao menos este passivo seja sanado. Estamos atentos e exigimos que estes recursos, destinados à Cultura pelas empresas citadas através de ICMS, sejam alocados exclusivamente para tais projetos bem como solicitamos a imediata publicação, como é exigido no artigo 12º da Lei Nº 9.431, de “Demonstrativo Contábil” e “Relatório Discriminado” dos recursos e projetos beneficiados.

Em tempo, ratificando a importância da participação da sociedade civil na construção das políticas públicas para a nossa área, solicitamos um encontro com o novo Secretário da Fazenda, Sr. Manoel Vitório, juntamente com o Sr. Carlos Paiva, superintendente de Promoção Cultural (Suprocult) da Secult, justamente para tratar destes e de outros assuntos, buscando alternativas para que a Cultura em nosso Estado possa fruir com a mesma criatividade e pujança

com que é produzida.

Colegiados Setoriais das Artes, em reunião com 111 artistas, produtores e técnicos da área cultural, em 18/09/2013, no Complexo Cultural dos Barris, Espaço Xisto Bahia.

Salvador, Bahia, 18/09/2013

Fontes:

http://www.cultura.ba.gov.br/editais-setoriais-2014

http://www.cultura.ba.gov.br/2013/07/23/governador-e-secretario-anunciam-repasse-da-oi-e-coelba-para-a-cultura-emevento-

no-palacio-rio-branco/

http://www.cultura.ba.gov.br/2013/08/20/abertura-de-inscricoes-para-editais-2014-do-fundo-de-cultura-e-adiada/

Rua das Artes- Encontro de Circo especial

Voltando à origens: para recomeçar de novo, dentro da continuidade

*Por Caxambó

Como é bom voltar à origens. Hoje novamente exercitamos nosso mais precioso princípio do MAR de Palhaços: de ser uma troca, um momento de pesquisa coletiva, de encontro, de amor , de encontro de corações de palhaços também. 

Hoje realizamos treinos livres do MAR, no território onde nasceu o MAR de Palhaços, numa época em que hordas de palhaços se juntavam para fazer rodas coletivas de finais de semana.

Antigamente a gente falava assim: - "Vai ter Abre-rodas no Parque de Pituaçu" e aí aparecia uma cambada de narizes vermelhos prontos para arriscar-se, para dar tudo de si, trocar, crescer, engulir merda (como dizemos) e ainda com a coragem de relatar as obras (confira: http://www.mardepalhacos.blogspot.com.br/p/de-2010.html).

Hoje realizamos os treinos livre do MAR, no Parque de Pituaçu, e foi simplesmente fantástico. Começamos a treinar eu e Ale. De repente uns meninos que passavam se interessaram. Espontaneamente oficina de malabarismo para iniciantes. Meninos muito envolvidos. Gostaram!

Tive uma autopercepção incrível: nasci pra ser educador mesmo. Já venho desenvolvendo diversas pedagogias e hoje, um dos meninos me empolgaram. Mesmo repetindo várias vezes: "isso não consigo não", eu fui insistindo, insistindo, distraindo a mente dele com Caxambó na veia, passando macetes didáticos, até que ele, de primeira oficina, conseguiu fazer malabarismo com 3 claves!!!!Simplesmente fantástico.

Ao fundo de paisagem: A lagoa, calma, silenciosa, agredida pela pressão urbana, mas testemunha infalível de que o MAR é profundo e de que quando remexido, nos faz voltar às origens. Mas não é voltar às origens para ser saudosista, ou para reclamar dos tempos de hoje lembrando que antes era melhor. 

Voltar às origens para valorizar o presente, para referenciar quem somos. Voltar às origens para termos uma bússola e lembrarmos qual o nosso intento inflexível. Hoje demos mais um passo de poder, seguindo defronte à proa desse nosso navio , grande, redondo e vermelho. Com coração de palhaço, com espírito de guerreiro.

O MAR de Palhaços continua, imprimindo novos intentos, expandindo a partir de velhas formas. Ampliando suas formas de atuação, com a flexibilidade que tem um artista de rua. Se re-moldando para todo o sempre. Afinal o agora é o poder, mas ele engloba tudo, passado-presente-futuro. Nada está no meio, pois tudo é o meio. O presente é a única realidade no passado e futuro. 

Por isso importante se faz: voltar às origens, para recomeçar de novo, dentro de uma continuidade.