Fonte de pesquisa: www.penaterradospalhacos.blogspot.com
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domingo, 23 de maio de 2010
MOVIMENTO ABRE RODAS
É com felicidade que escrevo para anunciar que, um lindo movimento em prol da difusão da palhaçaria, da ocupação das ruas com a arte e o amadurecimento do fazer do palhaç@s dar-se continuidade, e com forças renovadas, a partir da iniciativa dos palhaços Sabiá (Thiago Enoque) e Caxambó (Igor Sant'Anna) e agora com mais duas colaboradoras, a palhaça Tororó (Rose Boareto) e a palhaça Ricota (Suzana Costa).A iniciativa, que estou, por conta própria, pois palhaço é assim, um faz e o outro assume, batizando de Movimento Abre Rodas. Pois trata-se de aglomerar num dado momento uma massa cósmica de energia palhaçante, isto é, palhaç@s, num grande encontro.
ah tá, mas isso já acontece!
sim, sei, não sou idiota, posso ser imbecil, estúpido, mocorongo, mas idiota não!
o que esse movimento tem de diferente é o intento de abrir rodas!!! huhuhuhuh hehehehe
tá, falarei sério! kkkk
O Movimento Abre Rodas consiste em convidar diversos palhaç@s para participarem de rodas, em praças ou parques, com a finalidade de estabelecer-mos em devidos locais, a cultura da arte do palhaço.
como isso acontece?
No domingo dia 09 de maio de 2010, Caxambó, que ocupa já a bastante tempo o parque de Pituaçu, convidou diversos palhaços para participarem da sua roda, as 10h.
O intuito foi o de aproximar os palhaços primeiramente, alguns mais iniciantes com outros com um pouco mais de prática, experiência. O encontro foi lindo, e o chapeu, ficou destinado para a aquisição de um equipamento de som, próprio para rua.
Legal, isso foi o que aconteceu. porém, eu, Sabiá e Caxambó, há um tempo estivemos experimentando na rua uma relação cotidiana, o que chamamos de "palhaço cidadão" (este nome foi usado a primeira vez pelo palhaço Xuxú).
Com esta experiência, constatamos o quanto nossa cidade é carente de arte de rua, como a nossa função é importante e crucial para um movimento de cura da alma, da consciência e como nós, palhaços, estamos esperando por algo vindo do céu para fazer o que nos é devido: levar a graça e operar a cura pelo riso.
Desse modo, pensamos em eu e Caxambó, com apoio de outros palhaços, neste movimento.
O que isso quer dizer?
Em Pituaçu já existe uma cultura de roda de palhaço aos domingo, esta foi construida ao longo de alguns anos de insistência pela Cia Pé na Terra (Caxambó e Didi Siriguela), mais especificamente falando em se tratando desta roda no Parque de Pituaçu.
Hoje, em salvador temos rodas em Pituaçu ( Pé na Terra, domingo de manhã), praça do Campo do Campo Grande e Praça Ana Lúcia Magalhaes/Pituba (Nariz de Cogumelo, domingo a tarde e sábado a tarde), em Estela Mares (Malabres Màgicos, não sei o dia certo).
Salvador tem muito mais bairros, ainda ocupamos pouco, ainda levamos pouco a nossa cultura, educamos pouco a nossa sociedade com a arte de rua. em qualquer periferia, as pessoas gastam seu dinheiro em festas e bebidas, o que caracteriza que não se trata do dinheiro estar só na mão dos que moram nos bairros nobres, porém, nestes locais, por motivo de acesso a cultura, as pessoas estão mais habituadas a pagarem pela graça recebida através da arte.
Queremos abrir rodas onde quer que seja, do bairro nobre à periferia, cada qual em sua realidade e cultura.
Uma vez ouvi um mestre, o palhaço Chacovacci, dizendo: o palhaço tem que se exercitar na sua comunidade, tem que começar por ali, onde encontrará amigos e familiares, podendo exercer a cura nos que o amam mais de perto. e depois, fortalecido pela fé, depositada nele (no palhaço) pelos que o amam, confiante de que em casa a transformação está acontecendo, ele (o palhaço)
então sairá, para outras praças, parques, comunidades, cidades, países, mundos, pois lá onde ele surgiu, em sua casa, a semente da cura está plantada.
Que a Luz esteja convosco!
Que a Paz reine!
Que a função da graça se exerce e a cura aconteça pelo riso!!!
Ãmem!!
do irmão
Thiago Enoque O"Sabiá
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terça-feira, 8 de junho de 2010
ABRE A RODINHA POR FAVOR
Antes de ontem, domingo, 06 de junho de 2010, foi um dia magestoso, tivemos o Abre Rodas consecutivamente em dois locais da cidade, no Dique do Tororó, onde Biancorino orquestrou a ação com os palhaços da turma que ele dá aula na SItorne, presentes com ele Ricota, Tororó (em casa) e outr@s. Em Pituaçu, estávamos Sabiá, Caxambó, Amarelina, Zaratustra (Espeto) e o pequeno Bobó (Maurício irmão da Didi).
PARABÉNS PARA TODOS NÓS, NOSSO MOVIMENTOS ESTÁ GANHANDO FORÇA E CORPO!!!
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MESMO DIA
Em Pituaçu nós estriquinamos, colocamos uma energia cosmica vinda do CÉU!!! hehehe
acionamos ao máximo a sensação do beijinho da borboleta.
Ou do beija-flor, como quiserem, e o retorno não poderia ser maior. o público amou!!!!!!!!!!
passamos o chapéu 2 vezes, e o povo, já no final, estava se rasgando pra botar mais dinheiro no balde, que saiu abarrotado. eles gritavam, jogavam cartões de crédito, cheques até os filhos!!! rsrsrs
Mas fomos humildes e generosos, falamos para guardarem para a próxima semana!!! hehehe
é isso!!!
verdades a parte!!! foi realmente fenomenal!!
fizemos de improviso, lá na hora, o HINO do movimento para a passada de chapeu, parodiando a música da Sara Jane.
"abre o bolso que belezaaaa!!!
não deixa o bolso fechar!!!
abre o bolso que belezaaaa!!!
não deixa o bolso fechar!!!
DAÍ JÁ PULAVA
abre o bolsinho por favor,
tira 10zinho meu amor,
bota na gorrinha por favor,
tira outra notinha!
vamos abrir o bolso!
enlarguese!
vamos abrir o bolso!
enlarguese!
enlarguese!
Vai tirando 50tinha por favor,
bota no baldinho meu amor,
traz a garoupinha por favor,
larga o peixinho"
foi +- assim, tudo isso com muita percussão embalando, o que aliás, foi crucial para toda a energia da função. com um carrom, pandeiro,chucalho e Maracá (feito pelos porderosos índios Kariri), revezávamos eu(Sabiá), Caxa(Caxambó) e Espeto fazendo acompanhamentos percussivos para número do outro. Nada de virtuoso ou muito refinado e rebuscado, mas com muito cuidado com o outro, nos escutando, com carinho e amor.
foi tudo lindo.
>>>>Entendemos o abre rodas como ação social, as ações semanais tb, além de outras possíveis.
Por exemplo, ontem(segunda dia 7 de junho de 2010), eu e Caxambó fomos para o bairro dos Novos Alagados e fizemos uma função na Creche Comunitária São José Operário. UUAAAAUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!
foi divino.
acreditamos que, se nos tornarmos um ONG, podemos
angariar fundos para nossas ações, desenvolver campos de atuações que fomentem nossas pesquisas enquanto profissionais (além da palhaçaria). podemos escrever projetos, fazer contatos com outras ONGs a exemplo dos PALHAÇOS SEM FRONTEIRAS, que é uma ONG de palhaços que atuam na Faixa de Gaza, nos territórios de guerra do oriente médio.
Estamos em Salvador, e em diversos outros Estados brasileiros, com guerras civís estourando, mas nossos governantes junto com os meios de comunicação maqueiam esta realidade.
atuamos, verdadeiramente, na "Faixa de Gaza de Salvador".
acreditamos no nosso poder de transfomação enquanto palhaços. na função do palhaço, na graça e na cura através do riso.
podemos ir mais loge, mas para isso, sozinho é impossível.
se acreditarmos, poderemos acontecer.
e haverá sempre espaço para todos nós na RUA!!!!!!!
COM AMOR!!!!!!!!O PÉ NA TERRA E A CABEÇA NAS ESTRELAS
E POR QUE NÃO?!!!!
E POR QUE NÃO?!!!!
SABIÁ
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Segunda-feira, 14 de junho de 2010
MOVIMENTO ABRE RODAS- TEM PALHAÇO NA RUA!!!!!
>O principal objetivo do Movimento Abre Rodas é criar a cultura de ter rodas de palhaço de rua em Salvador.
>>o Abre Rodas tem o intuito de criar e manter Rodas de Palhaço acontecendo nos espaços públicos da cidade, com diversas apresentações.
>>>Estão sendo criados pontos permanentes onde ficam à disposição do soteropolitano e turistas, apresentações de rua onde o público terá a oportunidade de pagar o artista no chapéu e apoiar esta inciativa em que o artista-palhaço democratiza o acesso à arte evitando se restringir a teatros poucos visitados pela maioria da população
>>>>assista as apresentações de palhaço de rua e tenha o prazer de apoiar esta arte com a mesma generosidade com que os palhaços se doam na rua para você.
CALENDÁRIO MOVIMENTO ABRE-RODAS Junho de 2010
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Dia 20 de junho (Domingo) :::::::::::::::::::>Parque de Pituaçu = 10:30h ---------------------->Palhaços juninos---> Você já viu um palhaço Tabaréu?????!!!!
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------terça-feira, 22 de junho de 2010
Movimento Abre Rodas - Relato de Bordo 20.06.2010
Por Doris Fernandes (Palhaça Zoinha) Paspalhões queridos,Esta manhã de domingo foi muito especial. Estar lá em Pituaçu, com aqueles lindos foi o melhor programa de um domingão pré jogo. No início quase ninguém de público e nós ali pintando a cara e a alma de brancos, rubros e negros. A cumplicidade de Didi e Caxambó (useiros e vezeiros da rua) sendo partilhada ali comigo e com Zedi. Combinações e disse-me-disse sobre o número que seria parido ali na hora por Zedi e Caxambó. Quem disse que homem não dá a luz? Meninos eu vi, e foi lindo, rsrsrsrsr.De repente começou a aparecer gente. Gente!!!!!??????????? Da onde surgiu aquele povo? Achei mágico, coisas de marinheira de primeira viagem, rsrsrsrsr.E tudo rolou redondinho, com carinho e receptividade de crianças lindas, retroalimentação poderosa. No final o chapéu foi farto e... final feliz? Não por que não tem final, é só o começo de uma iniciativa muito legal, democrática e aberta a todos os paspalhos da cidade. É só aparecer e parir. Bom São João paspalhos!!!!!!!
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Movimento Abre-rodas - 25/07 RODA PITUAÇU
Por: Zédi (Espeto Zaratrusta)
O clima era de dúvida: Chove ou não chove? Será que tem gente? Quem será que vem? Quais números fazer?
As dúvidas vinham da cabeça de Zédi (Espeto Zaratrusta) enquanto esperava pelos seus companheiros. Nesse meio tempo uma trilha sonora deveras interessante se aproximou e se alocou no espaço onde as apresentações acontecem: Uma orquestra de berimbaus! Zédi ficou contemplando os ritmos e movimentos que o grupo realizava, quando Igor Santana (Caxambó) chegou para exercer sua função. Enquanto confabulavam sobre o roteiro, números etc., Zédi explicava que estava sem roupa, nariz e maquiagem, o que foi rapidamente contornado com auxílio de Caxambó. Um grupo de pessoas se aproximou de Igor dizendo que iria acontecer um grupo vivencial ali e desta forma alinhavaram como as duas ações poderiam ocorrer. Neste momento chegou para exercer a função nosso querido Duda (Pernácio). Com a chegada dele, foi iniciado o processo de maquiagem enquanto definiam-se os números a serem apresentados. Optou-se então por iniciar a roda com um número solo de Caxambó com os malabares, em seguida viria o jogo de improvisação Clownpoeira, depois um número que Espeto e Caxambó estão criando, abelha abelhinha com Espeto e Pernácio e por fim o salto final de Caxambó.
Quando a maquiagem foi terminada, os três foram convidados a dançar junto com grupo que desenvolvia a sua vivência. Os três paspalhos então já começaram a interagir com o público, esquentar seu corpo e sua presença. No final o grupo “passou o bastão” para os palhaços e então o Abre-rodas pode ter início.
Os números tiveram uma boa aceitação, de um bom público que esteve presente na roda, assim como Espeto, Caxambó e Pernácio estavam se divertindo e principalmente improvisando muito! Se tiver uma palavra que pode classificar este abre-rodas foi o improviso. Os números transcorreram de uma forma muito fluída, o público de fato comprou a idéia dos palhaços, e com isso muitas risadas puderam brotar. Por fim Caxambó cantou o seu repente e então passou o chapéu, digo, passou logo a sacola! Que veio recheada...
Mais uma missão desenvolvida com muito amor e carinho e com a convicção da importância da nossa missão/função de palhaços de rua. Domingo que vem tem mais...Encontro com vocês lá, ok?!
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------MESMO DIA
RODA DIQUE DO TORÓRÓ
Por: Thiago Enoque Sabiá e no dique foi assim... est eu a caminho do Dique do Tororó, como, várias armas de Jorge. pandeiro, flauta, chocalho, malabres, e muito intento. no caminho lindo que seguia até o Dique, passava revesando os instrumentos para tocar. hora com a flauta, ora o pandeiro.por onde passava, as pessoas já a observar-me, com minha roupa de "palhaço-cidadã o", malabares e brinquedo na mão. e a todos eu dizia, a alguns gritava: é lá no dique, se cheguem, muita diversão, amor e luz!!! se cheguem!!!
de longe, tocando, cantando, dando bom dia, avistei meus irmãos Santim Bufanda e Farrapo, já semi-prontos a ponto de iniciar a função. chegue tocando pandeiro, e eles no deque do dique. parei pouco antes deles para abraçar uma árvore, e segui a ao encontro deles.
de pandeiro na mão, começamos a ensaiar, nos três a música "o boa noite pra quem é de boa noite, o bom dia pra quem é de bom dia..." e tb, "adeus adeus, olha boa viagem, mas acabamos de chegar, olha boa viagem.." um esquente. tudo isso, sem ainda nos comprimentarmos, só nos olhamos e seguimos no improviso.
depois, paramos, nos cumprimentamos, segui me maqueando enquanto combinávamos.
"vamos fazer o cortejo, arrastar o povo daqui até a árvore grande ao lado do play e lá organizar a roda" okokok
muito energia e música, comunicando, arrastando gente conosco.
no ponto marcado, já havia diversas pessoas a nos esperar, daí, fomos organizando, gente pra k gente pra lá, sente aqui, abra dalí, e papapa...e papapa...
seguimos com uma abertura que já fizemos outra vez.nós, palhaços, tocando e cantando damos continuidade com alguma música, daí, durante a cantoria um Farrapo dispiroca, destrambelha, alopra e eu e Santin paramos, gritamos com o maluco, estabelecemos novamente o ritmo e voltamos a tocar e cantar. isso se repete + 3 vezes, na 3ª eu e Santim que estavamos tentando dar uma ordem à coisa, pegamos o imbécil do Farrapo dispirocado pelos braços, enquanto isso o doido continuando, daí, nós enchemos a boca de água, comunicamos ao público e cospimos água no mocorongo maluco do Farrapo. o povo adora ver alguem se desgraçando!! ! hehehenesse momento em que todos sorriem do Farrapo e nós dando aquele gás no público, o Farrapo começa a chorar é quando de súbito eu e Santim olhamos para o público e pedimos aplausos para o Farrapo, que daí, para de chorar e começa a rir. foi muito bom!!!
aproveitamos o momento da nossa chegada com música para falar do nosso movimento e largar um pouco da nossa filosofia palhaçal, dizendo da arte de rua e anunciando que será um espetáculo de chapéu.
no fim da primeira farsa feita por nós, a relatada acima, mais um tempinho para falar sobre nossa funçaõ ao público enquanto Santim e Farrapo se arrumavam para o Abelha-Abelhinha! !muito bom!!! me diverti muito.
o idiota do Farrapo fazendo o branco, os dois confusos do número, foi uma merda divertidamente engraçada!!! kkk ri pra carambo!!!
de tudo rolou, foi muita diversão e aprendizado! o grande final ficou por conta da convidada da platéia, que vendo que Farrapo e Santin não se acertavem, ela por conta própria, encheu a boca de água e quando Santim chegou até ela de abelha rainha, ela largou água na cara de Santim!!! hehehefoi o máximo!!! ninguém disse nada a ela, mas já estava sabendo que teria que se protejer e se adiantou!!! rsrsrs
logo em seguida, entrei procurando o velho Pafuncio de guerra, o piolho acrobata!!!cadê? cadê? cadê? quem viu? quem viu? alguém viu aí?e o povo: o que? o que?Pafuncio!!!os que já viram outra vez já estavam se divertindo. daí foi só alegria.Santim fazendo sons com instrumentos e eu improvisando na rotina dos 3 saltos do pafuncio. muito bom!!!no fim, Pafuncio pulou dentro da minha gorra e já emendamos com o chapéu!!!
foi demais!!
um dia formidável!
ao fim da roda, andamos um pouco pelo Dique, para espreitar.iriamos fazer outra roda, após conversarmos e identificarmos os pontos fracos da função.o tempo passou, brincamos de corda. crianças e adultos chegaram, mas o fluxo do Dique havia caido pois era hora do almoço.
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RODA CAMPO GRANDE
dado momento, Santim e eu decidimos ir para a Praça do Campo Grande para fazer uma roda conforme haviamos conversado.
Uauauauuuufoi demais.
chegamos, tocamos, passamos pelas pessoas da praça, comunicamos a todos, chamamos o foco para nós. anunciamos que estávamos ali. as pessoas estavam sabendo. e nos observavam. optamos por fazer um pré-convocatória calma e tranquila, administrando o tempo.tocamos, dançamos, cantamos, jagamos malabares e devagar as pessoas se aproximavam. primeiro, as crianças claro. essas, já escalávamos como ajudantes de roda, conversamos dizendo que iriamos fazer uma apresentação de palhaços e se elas queriam ver. todas disseram sim, daí, falamos para que nos ajudassem a organizar a roda. gente pra lá, gente pra k. 5 minutos!!! e não anunciamos mais que 3 vezes. a roda foi enorme!!! e enquanto isso, brincávamos, improvisamos com músicas e danças e brincadeiras e enfim ensinando e estimulando o público a bater paumas e a participar conosco!!!vimos que esta formado e que já estavamos começando sem nariz...! ops é mesmo, até agora estavamos sem nariz!!! heheheparamos, pedimos para o publico que na hora que virassemos de nariz, que dessem muito aplauso gritos e tudo mais... e foi demais!!! viramos, aplausos e gritos e começamos, ou melhor, demos continuidade à funçao. esta se desenrolou numa estrutura semelhante a que fizemos no dique pela manhã. a que está narrada acima. porém, não teve o momento final com pafuncio. depois da abelha-abelhinha passamos o chapéu. iriamos continuar. conversamos de passar o chapéu 2 vezes. iriamos fazer um outro número que já fazemos a um tempo, que é o do boneco, mas percebemos que estavamos sem voz e preferimos agradecer a quem estava nos esperando continuar.
foi isso!!!
mais um dia de domingo do abre rodas!!!
LEMBRANDO!!!SABADO QUE VEM, AS 15H30, NA PRAÇA DO CAMPO GRANDE!!!VAMOS FAZER LÁ SÁBADOS E DOMINGOS!!!
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SOBRE O MOVIMENTO ABRE RODAS
Por: Zédi (Espeto Zaratrusta)
O clima era de dúvida: Chove ou não chove? Será que tem gente? Quem será que vem? Quais números fazer?
As dúvidas vinham da cabeça de Zédi (Espeto Zaratrusta) enquanto esperava pelos seus companheiros. Nesse meio tempo uma trilha sonora deveras interessante se aproximou e se alocou no espaço onde as apresentações acontecem: Uma orquestra de berimbaus! Zédi ficou contemplando os ritmos e movimentos que o grupo realizava, quando Igor Santana (Caxambó) chegou para exercer sua função. Enquanto confabulavam sobre o roteiro, números etc., Zédi explicava que estava sem roupa, nariz e maquiagem, o que foi rapidamente contornado com auxílio de Caxambó. Um grupo de pessoas se aproximou de Igor dizendo que iria acontecer um grupo vivencial ali e desta forma alinhavaram como as duas ações poderiam ocorrer. Neste momento chegou para exercer a função nosso querido Duda (Pernácio). Com a chegada dele, foi iniciado o processo de maquiagem enquanto definiam-se os números a serem apresentados. Optou-se então por iniciar a roda com um número solo de Caxambó com os malabares, em seguida viria o jogo de improvisação Clownpoeira, depois um número que Espeto e Caxambó estão criando, abelha abelhinha com Espeto e Pernácio e por fim o salto final de Caxambó.
Quando a maquiagem foi terminada, os três foram convidados a dançar junto com grupo que desenvolvia a sua vivência. Os três paspalhos então já começaram a interagir com o público, esquentar seu corpo e sua presença. No final o grupo “passou o bastão” para os palhaços e então o Abre-rodas pode ter início.
Os números tiveram uma boa aceitação, de um bom público que esteve presente na roda, assim como Espeto, Caxambó e Pernácio estavam se divertindo e principalmente improvisando muito! Se tiver uma palavra que pode classificar este abre-rodas foi o improviso. Os números transcorreram de uma forma muito fluída, o público de fato comprou a idéia dos palhaços, e com isso muitas risadas puderam brotar. Por fim Caxambó cantou o seu repente e então passou o chapéu, digo, passou logo a sacola! Que veio recheada...
Mais uma missão desenvolvida com muito amor e carinho e com a convicção da importância da nossa missão/função de palhaços de rua. Domingo que vem tem mais...Encontro com vocês lá, ok?!
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Por: Thiago Enoque Sabiá
Mais que um movimento para única e exclusivamente abrir rodas de palhaços, é primeiramente, um movimento de encontro de palhaços. São dias e horários específicos onde sabemos/saberemos que naquele determinado local/dia/hora diversos palhaços se encontrarão, não apenas para executar a função através da apresentação de números em rodas, mas executar, antes de qualquer coisa, a função de nos encontrar para podemos transformar a nós mesmos.
Outro importantíssimo espaço que compete ao Abre Rodas são os encontros para as discussões e entendimentos sobre nossas filosofias enquanto artistas de rua; sobre a função do palhaço de transformação da alma e de sua missão que é estabelecer esta transformação nos locais que precisam de luz, de amor; sobre a função do bufão, e seu lugar de total liberdade como um feto que nasce em nós antes do palhaço, ao qual nós palhaços, como seres em constante transgressão de nós mesmo, podemos vir a retornar, mas que como seres conscientes que somos, chegamos ao lugar do bufão com a consciência do palhaço/artista implicado socialmente nesta transformação das almas - e primeiramente a nossa própria.
O Movimento Abre Rodas é um espaço de formação. Formação para a arte e sobre a filosofia que compete a essa arte. Hoje conta com a coordenação de Thiago Enoque Sabiá e Caxambó, mas é necessário que outros palhaços se comprometam com o intento de assumir as frentes que são criadas junto a este movimento. Um dos intuitos do Movimento Abre Rodas é justamente gerar essa formação, para que outros possam ir assumindo o lugar de coordenação das rodas e passando a experiência para os que chegam depois. A cada novo lugar que uma roda é aberta, precisamos de palhaços para assumir estes locais, independente de quem esteve ali inicialmente gerando o intento de abertura. precisamos de palhaços engajados na continuidade das funções.
Acerca da função que nos cabe, a da transformação das almas, e da nossa missão, que é estabelecer esta transformação onde se necessita de luz e amor, também é importante criar uma consciência sobre nosso lugar enquanto artistas de rua, fomentadores de uma nova cultura política-sócio- filosófica, que se volta para um movimento de emancipação dos moldes e padrões do sistema capitalista. Entendemos que não buscamos com o nosso fazer nos tornarmos "emergente", reformadores desse sistema neo-liberal- imperialista, Mas que através das nossas funções, devemos contornar o paradigma dominante entendendo que, assim como na mola propulsora do sistema há uma dedicação cotidiana à sua manutenção, nós, artistas e artistas de rua, devemos nos conscientizar de que precisamos nos dedicar cotidianamente à construção de estratégias de emancipação, de trabalho semanal, para assim, construir um sistema econômico-polí tico-cultural paralelo.
Temos que educar cotidianamente a sociedade na qual estamos inseridos em relação à existência da arte de rua, e fazê-los entender, que assim como é digno de nós estamos ali a trabalhar, é digno que as pessoas paguem pela graça recebida por eles através da nossa função. Temos que nos fortalecer enquanto irmãos, irmandade. SOMOS UM MOVIMENTO E ESTAMOS APRENDENDO COM ELE. Isto quer dizer, que como movimento, já se trata de algo que segue e cresce, e nesse crescimento aprendemos as estratégias para seguirmos e nos profissionalizarmos.
Como é um movimento inicial para todos nós, pensamos então de abrirmos nossas caixas de ferramenta para fortalecer nossas ações. Para um fazer artístico profissional e autosustentável é necessário o desenvolvimento de outras frentes de trabalho também. O movimento cresce, mas precisamos entender, como nós, mesmo que não seja como palhaços, podemos contribuir para isto, afim de fortalecermos- nos em sentido duplo: fortalecimento do movimento - o que implica em crescimento de espaço e frentes de trabalho para nós; e fortalecimento individual enquanto profissional, independentemente da área de atuação.
Nosso movimento para ganhar mais corpo, já não precisa única e exclusivamente de palhaços, mas, além de palhaços, precisamos de irmãos que possam estar registrando as ações (fotos e vídeos), fazendo cobertura de impressa e assessoria (construir textos para dispor à mídia), confeccionar cartazes (digitais para circular na net), construir blog e site... Enfim, começarmos e ver quais as competências que temos além de sermos palhaços e, nos propormos a contribuir com elas também - e somos diversos irmãos palhaços com múltiplas competências.
Isso, se nós lançarmos a dizer onde podemos atuar, só beneficiará a nós mesmos. Entre nós, existem diversos artistas estavelmente inseridos no contexto artístico de nossa cidade, em outros tipos de atuações e que muitas vezes estão sem profissionais qualificados para certas funções por desconhecimento de tais profissionais.
A nossa profissionalização e fortalecimento passa pela função social e educativa da nossa arte. Estamos concebendo que o palhaço é um grande Educador Social com um poder e um alcance incrível. O palhaço tem um poder incrível e uma possibilidade de função social enorme (vide Palhaços sem Fronteiras, Doutores da Alegria etc.). Considerando tantas possibilidades é que propomos nos mobilizar para fazer uma associação e efetivamente nos organizarmos em comunidade solidária, fortalecer os vínculos e não obedecermos às lógicas capitalistas que nos individualizam.
Queremos partir da classe palhaçal, porém temos que aceitar os artistas em geral. Considerando também que queremos inclusive aceitar a arte de viver com a natureza. Assim a nossa associação deve ser de arte e ecologia. Vivemos num planeta cheio de problemas, beirando ao colapso. A arte é uma ferramenta muito poderosa para ser resumida em mais uma tratamento de auto-ajuda ou de trampolim para vaidades pessoais, ou grupais. Devemos considerar que estamos pisando numa realidade e que nossa arte age e tem o poder de agir sobre essa realidade. Afinal não podemos esquecer que estamos com o Pé na Terra.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
MOVIMENTO ABRE RODAS - PARQUE DE PITUAÇU - 01/08/2010
* Por Ricota (Suzy)
Olá corações de palhaços,
Com imenso prazer que agradeço a abertura deste movimento abre rodas pra toda a comunidade claunesca.
Mais um abre rodas que participo e cresço com esta possibilidade de interação.
Participaram da roda, além de mim: Igor, Duda e Zé Diego.
Inicialmente chuvendo e nós na espreita de cessar a chuva e partir para praça. A chuva parou e deu nós na fita de Pituaçu. Apresentamos para um público pequeno, mas participativo, eu e Dudu fizemos a limonada e Zé Diego e Igor fizeram o número novo que eles estão criando... O público foi pequeno, mas participativo, o chapéu foi pequeno , mas significativo, uma pessoa deu uma nota de R$ 20,00 - comprovamos que o discusso inspirado do chapéu pode funcionar.
Com imenso prazer que agradeço a abertura deste movimento abre rodas pra toda a comunidade claunesca.
Mais um abre rodas que participo e cresço com esta possibilidade de interação.
Participaram da roda, além de mim: Igor, Duda e Zé Diego.
Inicialmente chuvendo e nós na espreita de cessar a chuva e partir para praça. A chuva parou e deu nós na fita de Pituaçu. Apresentamos para um público pequeno, mas participativo, eu e Dudu fizemos a limonada e Zé Diego e Igor fizeram o número novo que eles estão criando... O público foi pequeno, mas participativo, o chapéu foi pequeno , mas significativo, uma pessoa deu uma nota de R$ 20,00 - comprovamos que o discusso inspirado do chapéu pode funcionar.
* Por Caxambó
Dia lindo, chuvoso e tudo o mais. Tempo nublado como sempre tem sido em Salvador esses tempos. No parque eu , Espeto (Zé Diego), Pernácio (Duda) e Ricota (Suzi) - Infelizmente não deu pra Didi Siriguela e Grokninho virem por conta da Chuva.
Enquanto esperávamos acabar o treinamento do bombeiro que estava acontecendo no Quisosque Central do Parque, percebemos que não tinha quase público nenhum por conta da chuva. Decidimos então colocar a roupa e fazer nossa função no Abre-Rodas.
Conversamos que o Abre - Rodas tem uma função que vai além do se apresentar, mas de ser uma troca, um momento de pesquisa coletiva, de encontro, de amor , de encontro de corações de palhaços também.
Decidimos fazer um ensaio aberto. A intenção é que iríamos trocar um com o outro, mostrando o que intencionamos apresentar e de repente as poucas pessoas que tinham por ali no parque (vendedores, alguns passeantes etc.) poderiam usufruir da graça do palhaço. Por outro lado não voltaríamos pra casa com o ar brochado de quem foi fazer palhaço e no final não fez...
Decidimos fazer um ensaio aberto. A intenção é que iríamos trocar um com o outro, mostrando o que intencionamos apresentar e de repente as poucas pessoas que tinham por ali no parque (vendedores, alguns passeantes etc.) poderiam usufruir da graça do palhaço. Por outro lado não voltaríamos pra casa com o ar brochado de quem foi fazer palhaço e no final não fez...
Nos maqueiamos, já vestidos, começamos uma inquietação na merma hora dos bombeiros terminando um treinamento de primeiros socorros...já começamos a treinar um malabares, pandeirinho, falar alto...o bombeiro chefe - professor chamou-nos atenção e pediu silêncio. Foi engraçado, enguli.
Eles acabaram, começamos. Enquanto organizávamos as coisas os paspalhos parodiavam os primeiros socorros dados por uma palhaço e outro palhaço...que figuras!!!!
Propus ali na hora e como bons paspalhos todos disseram sim. Fizemos na abertura um "que legal" a 4 narizes("Que Legal" é um exercício de palhaço que leva a uma improvisação livre no intuito de acessar um estado de consciência dilatada própria de uma palhaço). Foi muito forte e interessante. De repente começou a brotar mais alguns públicos, poucos mas significativos para promover o nosso ensaio aberto à condição de apresentação.
Propus ali na hora e como bons paspalhos todos disseram sim. Fizemos na abertura um "que legal" a 4 narizes("Que Legal" é um exercício de palhaço que leva a uma improvisação livre no intuito de acessar um estado de consciência dilatada própria de uma palhaço). Foi muito forte e interessante. De repente começou a brotar mais alguns públicos, poucos mas significativos para promover o nosso ensaio aberto à condição de apresentação.
O que legal gerou até pequenas cenas improvisadas e, principalmente, muita dilatação!!!! Dentro do "que legal," sentindo a coisa na intuição e no improviso convoquei Espeto para começarmos nosso número que estamos construindo. Foi muito orgânica a ligação com o "Que Legal".
Espeto tentando ensinar a Caxambó como se toca pandeiro e muita paspalhice surgindo na relação, inclusive uma briga paspalha com direito a golpes surreais. Um número que estamos construindo à base da improvisação diretamente jogada ao público, à vera, a fishe, na real, no risco. Surgiram muitas coisas novas, interessantes...
Depois veio a dupla Ricota e Pernácio , que compõem a Cia. de Palhaço Orgânico. Fizeram o número clássico "A Limonada". Muito interessante a desenvoltura de ambos. Percebe-se que estão indo pra rua, exercitando. Estão brincando no número, na relação com o público e melhor, recriando a estrutura clássica da Limonada, se apropriando.
Imediatamente contrariei o parceiro Espeto porque estava combinando de fazer outro número, mas senti que a hora do chapéu era naquele momento, antes que todos fossem. Já era hora de pedirmos o chapéu. Puxei Remendado(o pequeno violão de Caxambó) e mandei brasa com o Repente Final.
Canturia, discurso de Chapéu, quando olhei camaradas, uma amarelinha de 20 conto. A graça agradou alguém bastante!!!Poucas pessoas estavam ali, mas agradadas. É essa a missão do palhaço, é um agradar qualitativo. Estávamos nos divertindo entre nós e com isso com pouco público ou muito sempre será bom.
Ao final, sentamos ali mesmo e fomos tirando maquiagem e trocando idéias. Conversamos sobre a arte do palhaço e a sala e da necessidade da rua como objetivo de trabalho de nós palhaços. Houveram discussões aprofundadas com divergências, convergências, opiniões e escutamentos.
No final concluímos ligeiramente que a rua é realmente um ótimo exercício para qualificar o palhaço, porém todos concordamos que é também o lugar ideal para a arte na medida em que arriscamos mais na rua, e temos mais oportunidade de quebrar o espetáculo.
Foi discutido sobre esse termo :"espetáculo" e de como o palhaço tem uma missão política de assumir o lugar do espetáculo para romper com a lógica do espetáculo. Foi citada a crítica à Sociedade do espetáculo de Guy Debord (Internacional Situacionista).
A questão é que nós palhaços temos que ter muito cuidado com a sala. Uma sala é um espaço muito pequeno para o palhaço. Ensaiar na sala e levar a sala para a rua, mantendo um espetáculo sempre muito seguro, com interações muito programadas, quebra a possibilidade do não esperado. Isso mata uma parte extremamente importante na arte do palhaço.
Estar fragilizado diante do público, sem se preocupar com a fama, o nome. Fazer uma merda de vez em quando num processo criativo, isso é experimentar o verdadeiro estado do perdedor. Se acostumamos a sempre triunfar, o palhaço morre em nós, na medida em que a vaidade ganha força. Quando engulimos exercitamos a humildade.
Certa vez o Mestre Chacovaci disse que no começo da carreira nós experimentamos muitas situações ruins e que depois quando vamos ficando afiados experimentamos cada vez mais situações boas. Quando estamos experimentando situações somente boas devemos, como palhaços, procurar alguma situação ruim para aprender com ela.
Canturia, discurso de Chapéu, quando olhei camaradas, uma amarelinha de 20 conto. A graça agradou alguém bastante!!!Poucas pessoas estavam ali, mas agradadas. É essa a missão do palhaço, é um agradar qualitativo. Estávamos nos divertindo entre nós e com isso com pouco público ou muito sempre será bom.
Ao final, sentamos ali mesmo e fomos tirando maquiagem e trocando idéias. Conversamos sobre a arte do palhaço e a sala e da necessidade da rua como objetivo de trabalho de nós palhaços. Houveram discussões aprofundadas com divergências, convergências, opiniões e escutamentos.
No final concluímos ligeiramente que a rua é realmente um ótimo exercício para qualificar o palhaço, porém todos concordamos que é também o lugar ideal para a arte na medida em que arriscamos mais na rua, e temos mais oportunidade de quebrar o espetáculo.
Foi discutido sobre esse termo :"espetáculo" e de como o palhaço tem uma missão política de assumir o lugar do espetáculo para romper com a lógica do espetáculo. Foi citada a crítica à Sociedade do espetáculo de Guy Debord (Internacional Situacionista).
A questão é que nós palhaços temos que ter muito cuidado com a sala. Uma sala é um espaço muito pequeno para o palhaço. Ensaiar na sala e levar a sala para a rua, mantendo um espetáculo sempre muito seguro, com interações muito programadas, quebra a possibilidade do não esperado. Isso mata uma parte extremamente importante na arte do palhaço.
Estar fragilizado diante do público, sem se preocupar com a fama, o nome. Fazer uma merda de vez em quando num processo criativo, isso é experimentar o verdadeiro estado do perdedor. Se acostumamos a sempre triunfar, o palhaço morre em nós, na medida em que a vaidade ganha força. Quando engulimos exercitamos a humildade.
Certa vez o Mestre Chacovaci disse que no começo da carreira nós experimentamos muitas situações ruins e que depois quando vamos ficando afiados experimentamos cada vez mais situações boas. Quando estamos experimentando situações somente boas devemos, como palhaços, procurar alguma situação ruim para aprender com ela.
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
MOVIMENTO ABRE RODAS -DIQUE DO TORÓRÓ E CAMPO GRANDE 01/08/10
* Por Santin Bufanda (Santiago Harris)
Amigos irmãos parceiros palhaços morando em Equador, França e Brasil:
Este texto é pra lhes contar minhas novidades e pra ser compartido com as pessoas que integram uma lista de e-mails de um movimento na cidade de Salvador chamado “movimento abre-rodas”.
Gente da lista do movimento abre-rodas, este e-mail foi pensado originalmente pra compartir as minhas impressões com as pessoas de meu grupo de palhaços em Equador e França, mas achei boa idéia fazer um só comunicado e assim começamos nos conhecer e reconhecer. Aproveito pra agradecer as pessoas que me conhecem aqui pela boa energia e amor recebidos. Muito obrigado!
Aqui, no outro oceano, leste leste leste de latino-américa, a última semana de julho também termina com um domingo primeiro de agosto. No meio da cidade península de três milhões de habitantes, tem um lago. Três palhaços e uma palhaça se encontram. No meio do lago tem esculturas de deuses africanos.
Esta vez a chuva fez regar intentos musicais que faziam chover mais cada vez que floresciam. Pandeiro, flautas e casú chamaram a presença de três meninos moradores de perto do dique. A brincadeira foi criada: “!vamos fazer musica! Segura o ritmo, improvisa uma melodia, nada da certo, todo flui, tum tum tum tum tum tururum tum tum!, praa prrra prá prá prá prrrrrraaaaa! Hoje têm palhaço têm.. no dique de toroô no dique de tororôÔÔ! Tiriruuu tiriiii triruuuu tiriiiiiii” Um menino ao se depedir falou: “No proximo domingo trago meu cavaquinho e mais intrumentos e a gente faz musica”.
Enoke Sabiá diz que não teve apresentaçao ou roda de palhaços, mas a missão foi realizada, manter o encontro de palhaços e o intento de criar uma cultura de presença de palhaços todos os domingos no Dique e no Parque de Pituaçu. E na tarde na praça de Campo Grande.
Marco Farrapa convidou almoçar na sua casa, passamos por casa de Danila Cochinha e caminhamos trocando idéias.
Saímos tocando e cantando quatro cidadãos aquecendo a atitude, a voz e o coração. Gostoso improviso nas ruas umedecidas até chegar em Campo Grande. Organizada , situada e chamado, números, clássicos de circo, improviso, risadas, besteiras, aplausos e chuva forte com noite às seis da tarde.
Agradecimentos, reflexões molhadas, crianças ainda ao redor, impressões diferentes. A mais dos vazios técnicos por ser encontros - apresentações que não são ensaiadas, a intensidade de conhecimentos compartilhados, criada ao longo do dia, parece-me uma muito boa fonte de aprendizagem, uma escola na que todos somos alunos e professores. Um espaço aberto para nos questionar, subverter a ordem estabelecida e nos movimentar por dentro. Aberto pra aquele que tenha curiosidade e coragem. E o que acho mais interessante é que é um espaço aberto para treino dos palhaços que querem aprender diretamente na rua.
Pra ir dormir tranqüilo e sem peso, vou soltar estas velhas perguntas minhas e outras que estão emergindo nas conversas entre a galera que ta chegando nestes dias maravilhosos, algumas respondem perguntando:
¿Tenho um palhaço ou sou um palhaço?
¿Que faz um movimento ser um movimento?
¿O palhaço é movimento? ¿
Como aprender a ser palhaço?
¿Para que e para quem ser ou estar ou brincar ou criar um palhaço?
¿Porque virou tão popular?
¿Em que ideologias se sustentam tantos processos de “formação”, “iniciação”, “aprendizados” de palhaço ao redor do mundo?
¿Ser profissional vem da palavra “professar”?
¿Hoje profissional é aquele que diz o que faz e faz o que diz?
¿Quem é e quem não é palhaço profissional?
¿Quantas realidades e verdades diversas existem na historia e no mundo do palhaço de hoje?
¿Porque alguns palhaços dizem que outros palhaços não são palhaços?
¿Porque clown e palhaço não são, mais sim são a mesma coisa?
¿Porque e para que quero seguir sendo palhaço?
¿Por que me incomodam algumas destas perguntas?
¿Deveríamos saber as respostas de todas?
¿Que é o que verdadeiramente estou procurando no mundo do palhaço?
¿Por que me sentir questionado me aproxima a uma sensação de palhaço?
¿Por que alguns procedimentos terapêuticos, especialmente os corporais, são tão parecidos a algumas metodologias de acesso ao palhaço?
¿Por que e para que procurar no palhaço uma fonte de novas e ilimitadas possibilidades de ação e consciência?
¿Será que posso alcançar uma “libertação” pessoal e social através da prática de palhaço?
Acredito como possível que o palhaço e seus diversos caminhos possam ser uma opção poderosa e profunda de educação e evolução social libertaria!
Se alguém tem e quer dar uma resposta a alguma das perguntas lançadas, seria de muita ajuda pra mim (por minha pesquisa do mestrado) e para abrir rodas de conversa com outras pessoas que estão em “movimento”.
Gracias. Abraços y masagens na alma.
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Abre - Rodas 08 de agosto de 2010
RODA PITUAÇU
*Por Caxambó
*Por Caxambó
Manhã de dia dos pais. Sol aquecendo no fronte, lagoa no horizonte, paisagem linda. Corrida interrompendo trânsito. Todos atrasados, desde o público até nós mesmos. Fizemos parte neste dia eu, Ricota, Pernácio e Zoinha. Começamos com um exercício de "que legal"muito legal. Foi um dia de experimentações, e re-experimentações. Sólo de Zoinha, a Limonada da Cia de Palhaço Orgânico (Ricota e Pernácio), Abelha-Abelhinha por Ricota e Caxambó, e alguns repertórios meus de improvisação de rua que dentro de pouco tempo estarei juntando, costurando e fazendo um espetáculo sólo de rua.
Foi lindo dia dos pais para mim, principalmente porque meu filho participou, no colo da mãe do número abelha-abelhinha.
Ao final da roda fizemos um concurso com pais, apenas dois pais candidataram-se. Zoinha trouxe um rosa feita artesanalmente com palha de licuri (é isso mermo Zoinha?). O público nomeou o melhor a responder um coro de uma música maluca tocada e cantada por Caxambó e Remendado (o seu violãozinho de plástico), e as Back-vocals, Zoinha, Ricota e Pernácio.
No final antes de premiar, obviamente o discurso sobre a competitividade e o palhaço que assume o lugar do perdedor para boicotar tal ordem. O suposto perdedor também é pai,e foi quem deu a Rosa para o suposto vencedor do concurso como um ato de amor e não de derrota.
todos se abraçaram
e nos apresentamos
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Movimento Abre-Rodas 14 /08/2010 - Praça Ana Lúcia Magalhães (Fim de Linha da Pituba)
*Por Amarelina Desbotada (Sarah)
Era sábado de sol, mas eu estava em casa jogada na cama e gripada. Mas já tinha me comprometido em apresentar na pracinha do fim de linha da Pituba com Igor (Caxambo) e Helena (Manjerona). Então não tinha saída, levantei e fui.
Chegamos na praça que porventura não estava muito cheia. Mas chegamos conversando com o povo e brincando com muita tranqüilidade. Nos maquiamos no meio da praça enquanto o povo ia chegando e se aprochegando para ver o que ia acontecer.
Foi uma roda linda, começamos com abelha abelhinha e o povo adorou. No segundo número, o balão, o vento não ajudou, levou o balão pra longe algumas vezes e eu me batendo pra tentar brincar com as crianças enquanto o balão voava por aí...a roda diminuiu mas seguimos em frente. Pra finalizar Caxambo fez seu incrível salto sobre dois cidadãos e passamos o chapéu, que foi generoso.
Mas se vocês pensam que acabou por aí, não se enganem. O melhor está por vir. Ficamos sentados na praça conversando sobre a apresentação e as pessoas se aproximavam perguntando se ainda íamos nos apresentar e tal..a praça enchendo. Eu estava acabada. Mas nos olhamos e decidimos que dava pra mais uma roda. E essa foi a melhor. Totalmente improvisada, Igor repassou rapidamente Ping pong comigo, que já vi muitas vezes, mas ate então nunca tinha apresentado, e um número novo que nunca vi, acho que se chama o Boneco. Pronto. Quando vi estávamos organizando outra roda linda, menor que a outra, mas a energia garanto que estava mais alta.
O ping pong foi ótimo, super improvisado, tinha que ser olho no olho e tentar sacar o que era pra fazer. Mas foi ótimo. E teve presente. Na hora da morte as crianças não se davam e gritavam, “calma, ele esta vivo, ele está ali!”. Três crianças levantaram e me levaram ate Caxambó, que segundo elas estava vivinho da silva. Foi muito bom. Em seguida apresentamos o número do boneco. Foi lindo. Manjerona despirocou e as crianças se acabaram com a brincadeira.
A segunda roda foi ótima. Descobrimos que a dobradinha é maravilhosa. Na primeira roda estávamos, Manjerona e eu, um pouco inseguras meio travadas. Mas na segunda, dilatamos bem mais...minha voz até saiu. Foi muito bom. Nos comprometemos em manter a roda de sábado na pracinha da Pituba. E vamos lá. Quem quiser que se aprochegue.
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
MOVIMENTO ABRE RODAS- 15/08/2010
DIQUE DO TORÓRÓ
* POR SANTIM BUFANDA
* POR SANTIM BUFANDA
Aconteceu hoje mas uma roda de crianças, cachorros, vendedores, arvores, pais, mães... Chão molhado e ameaça de chuva. Arrumação, brincadeira, convocatória, reunião de diretoria palhaça no escritório central da pracinha.. crianças chegando perto pra escutar o plano secreto de planificação do que estava a ponto de rolar.
Pronto! Vamos dar um jeito pra juntar as crianças, pega a corda, marca o palco, chama aqueles que estão olhando de longe querendo assistir, toca uma musica, pandeiro, flauta e canto.. vai começar! vai começar!
O melhor malabarista de todos tempos, Sabiá, fiz uma maravilha de apresentação de todos seus tempos!, foi apresentado por um juiz de futebol maluco, as palmas não paravam pra poder ver a cueca amarela do malabarista emocionado. A boneca Coxinha foi estragada pelo doido de Farrapo, crianças preocupadas e ocupadas em me mostrar a onde foi parar e quem foi o irresponsável que terminou ganhando um banho de água desde minha boca. Adorei a cumplicidade com os pequenos, a energia linda que foi crescendo, as reflexões finais e o chapéu generoso! Obrigado palhaços, obrigado chuva, obrigado morte e vida! Mas uma roda de aprendizados e massagens na alma!
PARQUE DE PITUAÇU
* POR CAXAMBÓ
Cia. Pé na Terra de volta na área. Fui aocmpanhado por Didi Siriguela e Papaya Piaçava. Dia mais ou menos, naquele tempo nublado, mas foi tudo muito legal.A velha Didi Siriguela e a velha Papia na ativa novamente,muito bom...números clássicos na veia, números que tenho feito com outras pessoas...assaz interessante fazer de novo com Didi. Ping Pong de piolho, abelha abelhinha mais algumas improvisações...
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Movimento abre-rodas domingo dia 22/08/2010
PARQUE DE PITUAÇU
Por Caxambó
Dia ensolarado, cheguei no parque, ninguém tinha confirmado nada...fiquei sozinho, foi ótimo!!!!me arrumei e vi o parque enchendo de gente. Como de praxe tava tendo treinamento de bombeiros no quiosque que a gente sempre apresenta. Como eles sempre estão lá relaxei e esperei eles acabarem. Terminei de me maquear e fiquei passeando e tocando flauta , convocando as pessoas que passavam , estabelecendo relação de empatia.
demorou, demorou, o público passando o treinamento parecia se extender...mas eu tava de boa, puro prazer, falando com as pessoas que passavam e ancniando que depois do treinamento de primeiros socorros, teria os segundos socorros, que é o palhaço depois que a pessoa sobrevive tem que sobreviver ao cotidiano extressante e infeliz desse capitalismo selvagem...as pessoas riam!!!hehehehehe...
demorou...demorou...até que Carla falou a administradora da Feira Reviva Parque para resolver a situação.Eles saíram...fui lá , eu (Caxambó) minhas coisas e o público.
Há um tempo venho fazendo espetáculos sólo na rua, com algumas coisas que tenho aprendido nas prórprias apresentações da rua e envolvendo inspirações clássicas também. éééé Caxambó, em busca de um espetáculo Sólo, fazendo como deveria ser, com a contribuição do público!!! Esse foi o Movimento Abre Rodas do Dia.
No próximo domingo teremos Didi Siriguela e Caxambó em cartaz pelo Movimento Abre-Rodas, com o Espetáculo Baião de Dois.
Aos sábados estamos programando junto à Administração do PArque fazermos encontros de palhaços aos sábados pela manhã...é que terá um mês de evento pela primavera no parque...
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segunda-feira, 16 de agosto de 2010
PALHAÇOS NA TVE
ALÔ A TODOSSSSSSSS
APARECEMOS NA TVE, PROGRAMA SOTERÓPOLIS
DIA 16 DE SETEMBRO DE 2010 ÀS 19:30H
E DIA 19 DE SETEMBRO ÀS 18H
APARECEMOS NA TVE, PROGRAMA SOTERÓPOLIS
DIA 16 DE SETEMBRO DE 2010 ÀS 19:30H
E DIA 19 DE SETEMBRO ÀS 18H
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
MOVIMENTO ABRE-RODAS 19/09/10
Por: Poeira (Inâe)
Poeira levantou poeira!
Acordei com toda disposição pra sair capturando risos pela rua!
Eu e Farrapo nos aprontamos, testei um novo visual que deu muito certo, e Enoque ajudou com uma maquiagem simples.
- Lá vou eu pra minha primeira função domingo de manhã!
Estávamos muito animados, e já decemos a ladeira do Garcia cantarolando e brincando com quem quer que fosse.
Atravessamos a rua testando tropeços, e quedas.. chamando a atenção de um grupo de moradores de rua que estava por perto, sorriram.. cumprimentaram.. seguimos!
O caminho todo experimentando quedas, tropeções, giros, testa no poste, etc etc etc!
Algum evento acontecia ali perto da Cheiro de Pizza, já bem perto da onde faríamos a função.. no mínimo alguma campanha política..e é claro que chamamos a atenção de todos com as nossas paspalhices e brincadeiras.
Eu pegava os malabares e jogava pra cima, derrubava tudo, me embananava, enquanto Farrapo fazia a grama de escorregadeira, batia a cabeça na árvore, e comunicava com quem estava por perto.
Passamos pelo meio do povo arrancando no mínimo um sorriso de canto de boca de cada um..
Seguimos, cantando, pulando e dançando.
Até que encontramos Sudorino e Limonada que se arrumavam perto do parquinho das crianças.
Foi uma festa, pulamos um por cima do outro, nos abraçamos, dançamos, muito felizes de estarmos juntos ali; EU(POEIRA), SUDORINO(Pedro), e LIMONADA(Lara) recém iniciados, com uma energia monstra, super dilatada.. com vontade de aprender, de fazer, e principalmente de se doar!
Limonada começou a pré-convocatória pulando corda com as crianças.
Enquanto isso Farraro e Sudorino se arrumavam, e eu ia de um lado pro outro gritando:
- 5 minutos para o espetáculo começar!
Arrastamos a criançada pro lugar que faríamos a roda, na grama, debaixo das árvores que tem depois do parquinho, e fomos organizando a roda.
Eu e Limonada na pré-convocatória improvisando algumas brincadeiras, e anunciando o MOVIMENTO ABRE-RODAS, que o espetáculo começaria em 3,2,1..
Começamos eu e Farrapo com o número do Balão.. lindo!
Enquanto isso Limonada e Sudorino se ligavam na roda, organizando, e sentando nos extremos dela pra não correr o risco de ser desfeita.
Logo em seguida anunciamos o chapéu, antes do próximo número.
Depois Limonada e Sudorino fizeram um número de mágica que levou as crianças ao delírio! Rsrsrs!
Pra finalizar Farrapo e Sudorino brincando de equilibrar os malabares no queixo.
Passamos o chapéu no final.
Falamos um pouco sobre o Movimento abre-rodas e a Cia Obscena de artes..
Quando tudo terminou nos sentamos e conversamos sobre o que funcionou, e o que não funcionou.. Farrapo deu vários toques, estávamos muito felizes com a função, com a maneira que tudo se deu: leve, e ao mesmo tempo muito intensa para cada um de nós.
Contamos o chapéu, e fim.
Domingo tem mais!
10h no Dique do Tororó.
Poeira levantou poeira!
Acordei com toda disposição pra sair capturando risos pela rua!
Eu e Farrapo nos aprontamos, testei um novo visual que deu muito certo, e Enoque ajudou com uma maquiagem simples.
- Lá vou eu pra minha primeira função domingo de manhã!
Estávamos muito animados, e já decemos a ladeira do Garcia cantarolando e brincando com quem quer que fosse.
Atravessamos a rua testando tropeços, e quedas.. chamando a atenção de um grupo de moradores de rua que estava por perto, sorriram.. cumprimentaram.. seguimos!
O caminho todo experimentando quedas, tropeções, giros, testa no poste, etc etc etc!
Algum evento acontecia ali perto da Cheiro de Pizza, já bem perto da onde faríamos a função.. no mínimo alguma campanha política..e é claro que chamamos a atenção de todos com as nossas paspalhices e brincadeiras.
Eu pegava os malabares e jogava pra cima, derrubava tudo, me embananava, enquanto Farrapo fazia a grama de escorregadeira, batia a cabeça na árvore, e comunicava com quem estava por perto.
Passamos pelo meio do povo arrancando no mínimo um sorriso de canto de boca de cada um..
Seguimos, cantando, pulando e dançando.
Até que encontramos Sudorino e Limonada que se arrumavam perto do parquinho das crianças.
Foi uma festa, pulamos um por cima do outro, nos abraçamos, dançamos, muito felizes de estarmos juntos ali; EU(POEIRA), SUDORINO(Pedro), e LIMONADA(Lara) recém iniciados, com uma energia monstra, super dilatada.. com vontade de aprender, de fazer, e principalmente de se doar!
Limonada começou a pré-convocatória pulando corda com as crianças.
Enquanto isso Farraro e Sudorino se arrumavam, e eu ia de um lado pro outro gritando:
- 5 minutos para o espetáculo começar!
Arrastamos a criançada pro lugar que faríamos a roda, na grama, debaixo das árvores que tem depois do parquinho, e fomos organizando a roda.
Eu e Limonada na pré-convocatória improvisando algumas brincadeiras, e anunciando o MOVIMENTO ABRE-RODAS, que o espetáculo começaria em 3,2,1..
Começamos eu e Farrapo com o número do Balão.. lindo!
Enquanto isso Limonada e Sudorino se ligavam na roda, organizando, e sentando nos extremos dela pra não correr o risco de ser desfeita.
Logo em seguida anunciamos o chapéu, antes do próximo número.
Depois Limonada e Sudorino fizeram um número de mágica que levou as crianças ao delírio! Rsrsrs!
Pra finalizar Farrapo e Sudorino brincando de equilibrar os malabares no queixo.
Passamos o chapéu no final.
Falamos um pouco sobre o Movimento abre-rodas e a Cia Obscena de artes..
Quando tudo terminou nos sentamos e conversamos sobre o que funcionou, e o que não funcionou.. Farrapo deu vários toques, estávamos muito felizes com a função, com a maneira que tudo se deu: leve, e ao mesmo tempo muito intensa para cada um de nós.
Contamos o chapéu, e fim.
Domingo tem mais!
10h no Dique do Tororó.
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terça-feira, 19 de outubro de 2010
MOVIMENTO ABRE-RODAS DIQUE DO TORÓRÓ
Por CoXinha
Dique do Tororó Domingo na tarde 17 de outubro de 2010...
Missa e praia céu de anil hoje é
Domingo, as boas energias que emanam as águas do dique do Tororó inspiraram paz, harmonia e palhaçadas. Casais, crianças, velhos, cachorros, vendedores, moradores de ruas e quatro palhaç@s até então ansiosos em sua parca vivencia do que a rua realmente clama e o que clamam da arte em si.
Quatro energias em uma caótica órbita.
Uma única função: se misturarem a todos elementos daquele espaço provocando o riso pelo encantamento, a alegria pelo desprendimento, e o amor pela vida. Ao som magnético do tambor, os olhares se conectaram e finalmente aquela entrada de ar,
alívio,
com muita coragem a roda foi formada, e o mais difícil, mantida. Uma vitória para aqueles que saem do comodismo e partem rumo a prática, levando na cara, mastigando, engolindo, e regurgitando. Segundo a segundo a argila se molda, e observamos o que funciona, o que não passa de teoria, e o que muda dentro de cada um de nós.
Aos tropeços, arremessos, adereços, e endereços, a missão foi concluída como dois olhos que se abrem para a luz rosada do final de tarde, com vontade de ver outra vez o sol nascer e se por, numa seqüencia sem fim, ver o jogo cíclico da vida se estender no sorriso e carinho das pessoas que tiveram a partir daquele momento a liberdade de sorrir contra um sistema opressor de alienação televisiva em fim de domingo. Esses quatro trapalhaços experimentaram o mais fino mel da abelha abelhinha, e a delicia de sua ferroada no nariz, o gosto da liberdade que um sorriso proporciona por você ser você mesmo.
Coxinha;Farrapo; Zóinha e Fidalguino.
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